Estradas

BR-392: a rota dos caminhões

Mauricio Araujo

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Trafegar por uma estrada repleta de caminhões não é uma tarefa fácil e exige habilidade dos motoristas, principalmente com relação às ultrapassagens. Se há chuva, a situação complica ainda mais, porque a pista fica encharcada, e a visibilidade diminui. Mas, se a rodovia é como a BR-392, que liga Santa Maria a Caçapava do Sul, que está conservada e bem sinalizada, as chances de transtorno diminuem. Mas, apesar de estar em boas condições, a via precisa de reparos que, segundo o Departamento Nacional de Insfraestrutura de Transportes (Dnit), estão sendo providenciados.

A 392 é a principal ligação do Coração do Estado com a cidade de Rio Grande. Para a última reportagem da série que mostrou como estão as estradas que ligam Santa Maria às cidades da região, o Diário percorreu os 100 quilômetros até Caçapava do Sul, abaixo de muita chuva e na companhia de vários caminhões.

A estrada está boa. Mas, ainda existem buracos que comprometem a segurança dos motoristas, principalmente quem trafega com veículos menores. Em dias de chuva, complica bastante diz o caminhoneiro Sérgio Machado, 43 anos, que, em 23 de julho, seguia de Santiago a Rio Grande.

Com muitos veículos grandes percorrendo a rodovia, é preciso trafegar com cautela e responsabilidade. E respeitar a sinalização é obrigatório. Mas, no trecho entre Santa Maria e São Sepé, uma das regras básicas de uma rodovia movimentada não era respeitada por todos. As ultrapassagens em locais proibidos eram facilmente flagradas.

Um exemplo de imprudência aconteceu sobre a ponte do Verde, onde um caminhão ultrapassou o carro da reportagem em alta velocidade. A pouca visibilidade devido à chuva não pareceu incomodar o motorista apressado, que seguiu a ultrapassagem por outros caminhões.

Ultrapassagens proibidas são muito frequentes. Todos ficamos preocupados e apreensivos relata o caminhoneiro Marcos Bittencourt, 37 anos, que também seguia até Rio Grande.

Obras devem começar no primeiro semestre de 2015

Não é raro Gelson da Costa, 42 anos, funcionário de um posto de combustíveis de São Sepé, ir trocar o óleo de caminhões e perceber que o problema no veículo não é esse, e, sim, molas ou suspensões danificadas devido aos buracos na estrada. Ele concorda que a rodovia está boa para trafegar, mas os retalhos e buracos na via ainda causam desconforto a muitos motoristas.

Muitos relatam que os buracos estão ganhando forma e os retalhos estão mais longos diz o funcionário, que atua no ramo há 21 anos.

Conforme o Dnit, o trecho faz parte do contrato de manutenção chamado Crema 1. Em agosto, a rodovia deve ser incluída no projeto Crema 2, que prevê a correção dos desnivelamentos, implantação de terceiras faixas e duplicação do segmento entre o Trevo da Uglione e o acesso à Estância do Minuano. A previsão de licitação do Crema 2 é o segundo semestre de 2014, com previsão de início das obras no primeiro semestre de 2015.

O 'Diário' percorreu as estradas que ligam Santa Maria a cidades da Região Central para verificar as condições das rodovias. Os problemas foram mostrados em uma série de reportagens que começou em 16 de julho e termina nessa edição:

16/07 BR-287, no caminho para São Pedro do Sul

24/07 - BR-158, no caminho para Cruz Alta e para Rosário do Sul

30/06 RSC"

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